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ESG -Ganha quem se importa



Em 2005, o relatório intitulado “Who Cares Wins” (Ganha quem se importa), resultado de uma iniciativa liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU), buscava critérios e recomendações para a inclusão de questões ambientais, sociais e de governança no mercado financeiro.


O Relatório entregou uma proposta que expôs os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para encorajar a integração de critérios ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais.


A conclusão foi que a atenção com as questões ambientais, sociais e de governança no mercado financeiro faz com que a empresa contribua mais com a sociedade e se torne mais sustentável.


Além de questões como propósito pessoal e da empresa e um consumo mais consciente, uma das principais razões para a sustentabilidade estar hoje no centro do debate empresarial é o interesse dos investidores por esse tipo de informação.


A apropriação da sustentabilidade pelas grandes marcas globais


Em artigo de 2013, Ricardo Abramovay falou sobre a apropriação da sustentabilidade pelas grandes marcas globais não só no discurso, mas também na prática.

Destacou que apesar de ainda haver muita maquiagem de dados ou propaganda enganosa (greenwashing), o risco reputacional das grandes empresas que não cumprissem a promessa poderia ser irreversível.


Levantou a contradição que existe entre o empenho de melhorar o uso dos recursos (materiais, energéticos e bióticos) e o deterioramento ambiental, na medida em que os volumes de produção para atender a demanda global de consumo aumentam, e a mudança do eixo de organização do capitalismo contemporâneo, onde a fábrica deixa de operar num único lugar fixo, dando lugar à cadeia de valor de milhares de fornecedores pelo mundo, com coordenação descentralizada.


As empresas, maiores compradoras de diversas matérias primas começaram a ter interesse não só em organizar o fornecimento desses produtos, mas também a estimular a reciclagem, redução de emissão de gases de efeito estufa e uso responsável da água entre outras iniciativas.

Na mesma direção, uma pesquisa da Accenture apresentou outro problema: cada vez mais é preciso atender a necessidade de oferecer preço mais baixo ao consumidor e ainda assim investir em sustentabilidade, como por exemplo, fazer uma mudança de embalagem do plástico para uma versão reciclada.


O paradoxo reside no fato de que enquanto as corporações diminuem a base material (energética e biótica) de sua produção, lançam cada vez mais produtos no mercado.


O artigo de Abramovay conclui afirmando que o essencial é que as grandes marcas globais orientem suas atividades não por metas de crescimento sempre maior, mas sim por sua capacidade de preencher reais necessidades humanas. Perseguir a finalidade, o propósito e a utilidade daquilo que se oferece à vida social.


“As coisas não vão voltar ao normal. Os jovens vão ter um papel ativo em destruir ou criar um novo mundo. Isso é extraordinário.”

Jon Savage – Na introdução da pesquisa - The Millennial Survey.


Em pesquisas anteriores, “The Millennial Survey” afirmava que a geração Millennials valoriza mais o propósito de um negócio do que o lucro que ele oferece e 6 em cada 10 Millennials levam a sério a “missão” de uma empresa na hora de escolher o seu emprego.

Já a versão de 2020 nos diz algo pessimista sobre a visão dos jovens que estão assumindo posição de poder nas empresas.


Protegendo nosso planeta


Na pesquisa primária, 83% dos millennials e 79% dos geração Z concordaram que a mudança climática está ocorrendo e é causada principalmente por humanos.


Metade de todos os entrevistados (51% da geração Millennium, 49% da geração Z) disseram acreditar que a sociedade chegou a um ponto sem volta, e que é tarde demais para reparar os danos causados ​​pelas mudanças climáticas. E quando perguntado se os esforços atuais e futuros para proteger a saúde do planeta terá sucesso, apenas 40% da geração do milênio expressou otimismo, queda de oito por cento pontos em relação ao ano passado.


A geração Millennium está tomando medidas para proteger o meio ambiente


Com esperança ou não, a geração Millennium e a geração Z continuam a mudar suas rotinas pessoais diárias, com um olhar voltado para a melhora do planeta.


Antes da pandemia, mais da metade (58%) dos millennials, disseram que aumentaram seu uso de transporte público, metade reduziu compras “fast fashion”, e dois terços (64%) estavam reduzindo o plástico descartável e reciclando mais.


Aproximadamente um quinto dos millennials e geração Zs afirmaram ser vegetarianos ou veganos, e 40% dos millennials relataram redução do consumo de carne e peixe.


E a longo prazo, 62% da geração Y, e 58% da geração Z, disseram que consideraram ou planejam considerar o ambiente ao decidir quantos filhos ter. Uma possível razão para que ter filhos e constituir família não são prioridades para muitos millennials e geração Zs.


A HORA DO PLANETA


Ações simbólicas e de impacto são importantes para conscientizar indivíduos, empresas e poder público a respeito dos desafios ambientais da atualidade, incluindo a crise climática e a perda da biodiversidade.

Neste sentido, a campanha global “A Hora do Planeta”, coordenada pela WWF, convida a todos todos a mostrar sua preocupação com o aquecimento global.



Ao apagar as luzes uma vez por ano, por uma hora, você transmite a mensagem de que se importa e quer agir em prol do meio ambiente.

No Brasil, a Hora do Planeta acontece no dia 27 de março, há 13 anos.


Em 1973, o jornal O Pasquim, cunhou num contexto político, a frase sarcástica: “O último que sair apaga a luz do aeroporto”. Precisamos ter em mente que, em relação ao aquecimento global e as mudanças climáticas, NÃO HÁ COMO SAIR DO PLANETA.



Veja também: Eduardo Giannetti, Economista e Escritor explica que os fundos de investimentos hoje não investem mais em empresas com alto risco ambiental. O mundo demanda que cada vez mais se obedeçam a padrões sustentáveis de uso dos recursos naturais.



 
Ação contra a mudança global do clima - ODS 13 - Portal É conosco





 

FONTES:



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