Dada a crescente dependência da sociedade em relação à tecnologia e aos serviços digitais, o desenvolvimento de infraestruturas tecnológicas mais “verdes” se torna medida inadiável para o êxito das estratégias de redução de emissões das empresas.
É conosco conversou com a Roberta Cipoloni Tiso, diretora de Sustentabilidade e Comunicação da green4T, uma empresa brasileira de soluções de tecnologia e infraestrutura digital para empresas e cidades. Ela nos explicou como os data centers podem contribuir para a sustentabilidade do planeta, minimizando seu impacto ambiental e permitindo que negócios e natureza estejam mais conectados.
Disponível, eficiente e sustentável
À medida que a tecnologia avança, a infraestrutura de data centers transita de servidores físicos locais tradicionais para redes virtuais capazes de suportar aplicativos e cargas de trabalho, em pools de recursos físicos, alcançando inclusive ambientes “multicloud”.
Roberta acredita ser muito importante que a infraestrutura digital esteja apoiada em três pilares: disponível, eficiente e sustentável - e nos apresentou muitos dados que vem coletando em seus estudos e um deles, extraído de artigo do pesquisador Anders S. G. Andrae, intitulado "Novas Perspectivas sobre o Uso de Eletricidade na Internet em 2030" chama a atenção:
O setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) consumiu cerca de 7% de toda a energia elétrica produzida globalmente em 2020
A previsão é que esse consumo de energia pode chegar a 20% em 2025.
Em resposta, a este dado impressionante, as empresas estão começando a procurar maneiras mais sustentáveis de gerenciar seus dados investindo em soluções e processos que reduzam o Power Usage Effectiveness (PUE): métrica que define a performance energética do data center, avaliando fatores como uso real e desperdício.
É possível reduzir em até 60% o consumo de energia
A diretora de Sustentabilidade e Comunicação citou os serviços focados na otimização do data center por meio da implementação de uma jornada de eficiência energética, através de método que atua nos campos físico e lógico do centro de dados, a partir de um plano de ação multidisciplinar (MAP), que pode diminuir em até 60% o consumo de energia.
Para quem não é familiarizado com as características tecnológicas de armazenamento de dados, Roberta deu como exemplo, a nossa conversa que aconteceu via streaming, gerando dados, emissões, consumo de energia, internet, banda larga e até água, utilizada na refrigeração de data centers.
Estima-se que para cada 20 consultas que fazemos no Chat GPT, ele consome meio litro de água
Na green4T o apoio a eficiência energética de seus clientes acontece de diversas formas e um bom exemplo foi a aquisição na área de inovação, da startup “Scipopulis”, voltada para integração e análise de dados para cidades inteligentes e soluções de mobilidade urbana.
O Futuro da Mobilidade
É através de desenvolvimento de plataformas de software como a “Plancity” e a “Transcity”, capazes de gerar soluções para gestão integrada de transporte público como monitoramento em tempo real, para integrar diferentes fontes de dados, permitindo uma compreensão clara e transparente sobre as demandas de cada transporte (dados gerais de operação, movimentação, velocidade, fluxo e deslocamento), possibilitando o acompanhamento do cumprimento das metas de redução nas emissões previstas nos programas de sustentabilidade das prefeituras.
O Trancity já foi implementado em várias cidades no Brasil, América Latina e Europa, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Santiago (Chile), Montevidéu (Uruguai) e em Vilnius (Lituânia) e recebeu reconhecimento internacional ao ser citado entre os estudos de casos de sucesso pelo Observatório de Inovação do Setor Público (OPSI), instituição da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Disponibilidade de dados para alcançar as melhores estratégias
A convite da NTCC, Roberta e equipe embarcaram dia 02 para a COP em Dubai, onde a green4T participa de um painel voltado para a sustentabilidade que abordará a questão da energia renovável e as formas eficientes de processar o impacto da geração de dados.
O impulso fundamental por trás desse movimento reside na busca por maior produtividade, economia de custos e, concomitantemente, benefícios ambientais e aprimoramento da governança empresarial.
O avanço da qualidade na infraestrutura de telecomunicações e o crescimento da Inteligência Artificial (IA) estão impulsionando a adoção da Internet das Coisas (IoT), provocando transformações nos processos produtivos e nos modelos de negócios em diversas cadeias econômicas.
Energia, transportes, saúde, indústria 4.0 e agricultura de precisão estão entre as atividades que se transformarão com mais intensidade com a Internet das Coisas (IoT)
A green4T é líder em soluções de infraestrutura digital para nações, cidades e empresas que garantam disponibilidade e eficiência de forma sustentável para o planeta e seu CEO Eduardo Marini, é porta voz do ODS 9 do Pacto Global, que se propõe a contribuir para a construção de infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação.
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